"Que seja doce."(CFA)

domingo, novembro 20, 2005

De grandes alturas.....

(música linda, linda que ouço com o cheiro de chuva, pensando em você.....)

I am thinking it's a sign
That the freckles in our eyes
Are mirror images and
When we kiss they're perfectly aligned

And I have to speculateThat God himself did make us into
Corresponding shapes like puzzles pieces
From the clay

True, it may seem like a stretch
But it's thoughts like this
That catch my troubled head
When you're away, when I am missing you to death
When you were out there on the road
For several weeks of shows

And when you scan the radio
I hope this song will guide you home
They will see us waving from such great heights
"Come down now," they'll say
But everything looks perfect from far away
"Come down now," but we'll stay

I've tried my best to leave
This all on your machine
But the persistent beat
Sounded thin upon listening
That frankly will not fly

You will hear the shrillest highs
And lowest lows with the windows down
When this is guiding you home

They will see us waving from such great heights
"Come down now," they'll say
But everything looks perfect from far away
"Come down now," but we'll say..." (Iron & Wine, Such Great Heights)

Fair ( Remy Zero)

“So what if you catch me, Where would we land?” * (frase da música linda de Remy Zero)
(*“então, se vc me alcançasse, onde aterrisaríamos?”)
A noite sempre chega. O rosto refletido na janela é outro: sou apenas um menino de olhos mergulhados. Beba da minha melancolia como quem teve sede a vida inteira. Traga uma mentira melhor que as outras que ouvi, ao menos, tenha a doce intenção de me proteger da realidade. Ou coisa que o valha.

Converse comigo quando eu sentir o mundo pequeno demais, ás vezes, o problema é ter um coração onde cabe tanto, tanto, que continua constantemente vazio. Observo você de longe mesmo quando consigo tocar tua pele, só assim, consigo sentir sem estilhaçar: me perderia se ousasse chegar perto o suficiente? Minha alma sente vertigem como quem á beira de um precipício e tem medo. Fraturas invisíveis, quando saram?quem saberia toca-las sem causar dor?

Esperar que você compreenda onde e como e quanto me perco, dia após dia após dia, dentro do que penso. Como se fosse outra á sombra que conseguisse tomar meu corpo e faze-lo sofrer os mesmos velhos padecimentos. Como se fosse outra á sombra que perversamente escolhe tropeços. Bebo de venenos que eu mesma destilo em noites mal-dormidas e tenho febres inexplicáveis para esse mundo.

A noite sempre chega mesmo que você consiga ultrapassar a cerca e tantas coisas daninhas que deixo no caminho. Insista por amor ao desafio, que seja. Não importa, não importa, apenas me traga a certeza da manhã, apenas entenda e não me peça, não me julgue, não me queira decifrar. Traga a certeza de que cedo ou tarde haverá luz, cedo ou tarde, meu amor, eu saberei viver em paz.

quarta-feira, novembro 02, 2005

Pequena Bolha

Oh no I see,A spider web and it's me in the middle,So I twist and turn,But here I am in my little bubble” (Coldplay, Trouble)

Começa assim. Se precisa começar, é assim, desse modo, como se não pretendesse nada além, causar nenhum mal. No fundo do armário, sempre uma caixa. Ele diz: uma cilada, always a catch, quem poderia prever? Antigas palavras surtem ainda efeito, o tempo quando passa, quem realmente pode sentir?

Tocar, esse é o truque, além de olhar bem nos olhos, como nos filmes da máfia. Questão de nervos. O fôlego que falha quando não deveria: fragilidade exposta nos pulmões. Confiar nas pernas de novo, as mesmas que falharam uma vez na hora da fuga. Um passo depois outro, rumo a porta? escada? rua? quem acredita naquela velha história sentimental que cisma em ranger dentro do peito?

O silêncio, depois do contato. Não importa, ela cisma em dizer, enquanto fecha o casaco. Chove como deveria chover no final de cada filme triste. Fade out, fechando os olhos, Fade out, desaparecer no fundo negro. Mas continua, como quem espera a má notícia sem sobressaltos, sem grandes cenas.