Pequena Bolha
Oh no I see,A spider web and it's me in the middle,So I twist and turn,But here I am in my little bubble” (Coldplay, Trouble)
Começa assim. Se precisa começar, é assim, desse modo, como se não pretendesse nada além, causar nenhum mal. No fundo do armário, sempre uma caixa. Ele diz: uma cilada, always a catch, quem poderia prever? Antigas palavras surtem ainda efeito, o tempo quando passa, quem realmente pode sentir?
Tocar, esse é o truque, além de olhar bem nos olhos, como nos filmes da máfia. Questão de nervos. O fôlego que falha quando não deveria: fragilidade exposta nos pulmões. Confiar nas pernas de novo, as mesmas que falharam uma vez na hora da fuga. Um passo depois outro, rumo a porta? escada? rua? quem acredita naquela velha história sentimental que cisma em ranger dentro do peito?
O silêncio, depois do contato. Não importa, ela cisma em dizer, enquanto fecha o casaco. Chove como deveria chover no final de cada filme triste. Fade out, fechando os olhos, Fade out, desaparecer no fundo negro. Mas continua, como quem espera a má notícia sem sobressaltos, sem grandes cenas.
<< Home