CANDY
Se ao menos não quisesse tudo para ontem, confesso, meu sono seria mais calmo. Nossa casa é algo estranho de dizer ainda? Canto no seu ouvido velhas canções que me fazem bem, gosto do cheiro da curva do seu pescoço, gosto de dividir seu rosto em pedaços e não saber qual é meu preferido. Tenho saudades de tanto, meu tempo é esse correr louco atrás de sonhos que me parecem muito urgentes. Recebo mensagens no celular tarde da noite: certeza que a falta não é só sentida por esse dramático coração que carrego...
Não escrevo mais tangos e tragédias, guardo no meu bloco, palavras-pluma e outras calmarias. Suspeito que não estava preparada para a revelação que agora tenho quando encosto minha cabeça no teu peito ou espero ver teu rosto na porta no final de todas as noites: a vida é doce quando bebida da tua boca.
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