ha en God dag
Cansei dos nós, das arestas...
Cansei de descrever a minha estranha atração nostálgica.
Sem pedir absolutamente nada, você traz café na cama.
E todas as coisas escuras se escondem em algum lugar distante demais para minha preguiça.
Aprendo palavras em outras línguas, ouço a voz do meu pai no telefone.
Sinto seu cheiro na camisa de frio que carrego para o trabalho.
Tento não pensar no que você sabe que penso quando fico calada.
Escrevo no bloco marrom quando as noites abafadas me fazem levantar da cama e lembrar: do meu cachorro sequestrado, do excesso de remédios, das contas, dos sonhos, dos planos, dos poemas, filmes, contos, das histórias sem sentido que leio nos jornais e o barulho, você sabe, o barulho que espanca os meus sentidos.
De densidades, estou farta.
Tangos, etc, cansei de ser bolero.
Ou não sei mais o caminho.
Você me beija a testa mesmo dormindo, como um desses atos que o corpo nem espera ordem.
E é este mundo que me interessa agora.
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