Oh, the sun....
tudo cabe numa canção de rock.
deveria confessar que certas verdades nunca caem bem em uma tarde ensolarada.
prefiro olhar o sol no teu cabelo e imaginar o gosto de sal que seu rosto deve ter.
resumo: não, não era amor, como colocar isso da maneira mais delicada possível?
He was just fucking me.
em outra língua, parece não ser tão ofensivo. apenas parece.
Just fucking.
não é um orgulho, apenas uma constatação: Lust fades .
vc não precisa ouvir meu ultimo fracasso sentimental. também não quero contar.
parece não me pertencer, como tantas coisas que não deveria ter escolhido.
na verdade, já não me pertence.
descrever desacertos com tanta luz em volta parece errado.
não era amor quando só você parece saber a profundidade do poço, quando sabe pelos sentidos que é apenas vc do outro lado da rua, do outro lado, onde ele não irá por vc.
nunca disse o quanto me doía ouvir determinadas coisas, os comentários sexistas de amigos, família, todos confirmando a sombra no canto do quarto.
Just fucking.
então, vc não precisa dos detalhes. apenas fique assim, sendo você, nesse dia ensolarado, enquanto posso observar a luz dividida em vários pontos brilhantes no teu rosto.
vc faz perguntas. tantas perguntas. e poucas realmente tenho vontade de responder.
queria ser uma guitarra, porque o som me explicaria.
esse som que beira o raivoso, um grito, um berro, que se transforma em algo mais suave num instante. um solo de guitarra. quase rock, quase blues.
um som vivo, denso.
então, é assim que quero que vc me veja: um solo de guitarra.
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