"Why Love isn't enough?"
*(quote from Alice)
"TODOS OS VIAJANTES NOS VEMOS NELA” ( L.F. Gallego, ao entender que me via em Alice no filme)
Eu te amaria para sempre se você pudesse aceitar que não há verdades, que existe uma prova impossível que pediremos a quem julgamos amar, se pudesse ser forte para não prometê-la. Se olhasse teu retrato agora, não teria nada a dizer. Trepar com um estranho doeria menos. Te seguiria até o inferno, se isso fosse possível, mas você me amou o suficiente para dizer não quando me faria mal (e até hoje noto esse estranho amor quando você perde a hora e esquece que existe toda uma vida além de nós).
Eu te amaria para sempre, mas você me quis perfeita e perdi o desejo. Fiz com que me rejeitasse, confundi para seu próprio bem: te amei como se ama uma pessoa que conhecemos a fraqueza. Deixei que me usasse porque você não sabia que era exatamente isso que acontecia. Eu te amaria se você pudesse aceitar os arroubos, as minhas banais cenas, os pequenos grandes gestos. Você queria calmarias, eu ainda gosto quando venta forte. Eu te amaria se você aceitasse o imperfeito na vida, mas você queria equacionar o Mistério.
Eu te amaria para sempre se você não tivesse permitido a liberdade de dividir minha carne com outros. Te amaria com a loucura de quem escreve versos de madrugada e chora soluçando ao ouvir uma música tola no rádio. Naquele tempo, não tínhamos culpa e por isso, talvez, continue te amando de uma maneira avessa. Ainda sorrio quando ficamos calados e você sabe que o quê fomos nos pertence e nos separa.
Eu te amaria para sempre se você não escolhesse ser um desconhecido, ser um qualquer. Se não fosse mais importante se sentir seguro, no comando ou sabendo exatamente o que vem depois. Eu te amaria pra sempre mesmo sem saber absolutamente nada, mesmo que meus instintos me dissessem o contrário. Contrariaria astros, presságios, desafiaria o destino: possuo a coragem que te falta. Minha honestidade insuportável, bondade angustiante: tudo que iluminava em mim e incomodava por lembrar a você o que deveria já saber: sempre fomos díspares. Não aceitei, como você, suportar a comodidade de uma vida medíocre, disse não desafiadoramente como ninguém havia feito. Porque eu sabia que te amaria mesmo dentro do mais torpe, ciente dos teus demônios, um por um.
Mas foi-se num segundo. Foi-se absolutamente tudo. Você me perdeu ali, quando se dispôs a ser um estranho.
Eu não te amo mais.
Eu te amaria para sempre se você pudesse aceitar que não há verdades, que existe uma prova impossível que pediremos a quem julgamos amar, se pudesse ser forte para não prometê-la. Se olhasse teu retrato agora, não teria nada a dizer. Trepar com um estranho doeria menos. Te seguiria até o inferno, se isso fosse possível, mas você me amou o suficiente para dizer não quando me faria mal (e até hoje noto esse estranho amor quando você perde a hora e esquece que existe toda uma vida além de nós).
Eu te amaria para sempre, mas você me quis perfeita e perdi o desejo. Fiz com que me rejeitasse, confundi para seu próprio bem: te amei como se ama uma pessoa que conhecemos a fraqueza. Deixei que me usasse porque você não sabia que era exatamente isso que acontecia. Eu te amaria se você pudesse aceitar os arroubos, as minhas banais cenas, os pequenos grandes gestos. Você queria calmarias, eu ainda gosto quando venta forte. Eu te amaria se você aceitasse o imperfeito na vida, mas você queria equacionar o Mistério.
Eu te amaria para sempre se você não tivesse permitido a liberdade de dividir minha carne com outros. Te amaria com a loucura de quem escreve versos de madrugada e chora soluçando ao ouvir uma música tola no rádio. Naquele tempo, não tínhamos culpa e por isso, talvez, continue te amando de uma maneira avessa. Ainda sorrio quando ficamos calados e você sabe que o quê fomos nos pertence e nos separa.
Eu te amaria para sempre se você não escolhesse ser um desconhecido, ser um qualquer. Se não fosse mais importante se sentir seguro, no comando ou sabendo exatamente o que vem depois. Eu te amaria pra sempre mesmo sem saber absolutamente nada, mesmo que meus instintos me dissessem o contrário. Contrariaria astros, presságios, desafiaria o destino: possuo a coragem que te falta. Minha honestidade insuportável, bondade angustiante: tudo que iluminava em mim e incomodava por lembrar a você o que deveria já saber: sempre fomos díspares. Não aceitei, como você, suportar a comodidade de uma vida medíocre, disse não desafiadoramente como ninguém havia feito. Porque eu sabia que te amaria mesmo dentro do mais torpe, ciente dos teus demônios, um por um.
Mas foi-se num segundo. Foi-se absolutamente tudo. Você me perdeu ali, quando se dispôs a ser um estranho.
Eu não te amo mais.
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