"Once I wanted to be the greatest..."- Cat Power
claro que vc pensa. como uma dessas mensagens subliminares, parece estar em todo lugar. como um ruído no fundo, uma imagem dentro/através de tudo. são as mesmas ruas. são sempre as mesmas ruas, alguém percebe?
longos silêncios. "once I wanted..."... repetindo indefinidamente um passo após o outro. um gesto após o outro. mecanicamente. tentando salvar alguma coisa que não faço idéia. aqui. parar de dar voltas em torno da ferida. sonhos que são salvos automaticamente dentro e que se tornam pesados ou tristes. arrancar carne ou soluços.
eu-não-sei.
minhas mãos são grandes demais para os bolsos, meus olhos são insuportavelmente óbvios quando berram ( e berram alto-isso me envergonha e aborrece). é alguma coisa entre estranho e embaraçoso estar entre pessoas e saber tão dolorosamente de si mesma.
"once i wanted to be..." em algum momento, fui além do ponto onde iria acompanhada, acho. tinha uma fé absurda que alguém estava ali, juro. podia sentir. mas de alguma forma, me encontrei novamente descendo a rua : apenas o barulho dos saltos no cimento.
"how you say goodbye to someone you can't imagine living without?" a violência do estar de volta. estar de volta nestas mesmas ruas. o tempo muda e as cicatrizes latejam, latejam, latejam..... como a música se repete incontáveis vezes.
"lembre-se de saltar com os olhos abertos".
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